Uma fabricante francesa de contraceptivos afirmou na
semana passada que a pílula do dia seguinte não funciona quando tomada por
mulheres que pesam mais de 80 quilos, por isso pretende mudar sua bula para
avisar as pacientes.
A decisão de mudar a indicação é baseada em estudos
anteriores sobre o levonorgestrel, um dos princípios ativos da pílula do dia
seguinte Norlevo, de acordo com Frederique Welgryn, chefe de saúde feminina do
laboratório.
Especialistas afirmam que mulheres mais pesadas não
devem presumir, a partir dessa decisão, que a contracepção de emergência não
vai funcionar para elas. É preciso conversar com um profissional da saúde ou
considerar alternativas como o uso do dispositivo intrauterino (DIU).
Aqui no Brasil, várias marcas de contraceptivos de
emergência têm como princípio ativo o levonorgestrel.
Welgryn afirma que os resultados de um estudo
conduzido pela Universidade de Edimburgo em 2011, que ajudaram a fundamentar a
decisão do laboratório, foram recebidos com surpresa. Mas muita discussão tem
ocorrido nos últimos anos sobre a eficácia de contraceptivos em pacientes
obesas ou com sobrepeso.
A chefe executiva da HRA Pharma, Erin Gainer, estima
que milhões de mulheres na Europa usam contraceptivos de emergência idênticos
ao Norlevo.
A pílula do dia seguinte apresenta uma alta dose de
hormônios contidos em pílulas anticoncepcionais comuns. Ao tomá-la até 72 horas
depois da relação sexual, as chances de gravidez diminuem 89%. Se a mulher já
estiver grávida, a pílula não faz efeito.
Muito precipitado para nos espantarmos entretanto,
serve de alerta.
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