Com muita imaginação é preciso utilizar o cérebro com
inteligência. Alterar a rotina, deixar de fazer tudo sempre igual, uma
excelente dica! A rotina faz muito mal porque não estimula o nosso cérebro.
Precisamos deixar de fazer tudo sempre do mesmo jeito.
O nosso
cérebro funciona assim: os destros, os que usam a mão direita, estimulam mais o
lado esquerdo do cérebro. Os canhotos, o inverso, estimulam mais o lado
direito.
Um método descoberto quase por acaso. A professora de
informática ia de casa em casa ensinar as crianças na cidade de Olímpia, no
interior de São Paulo. Aos poucos, foi notando que algo diferente acontecia com
os alunos que tinham algum tipo de deficiência. “Aí eu fui percebendo no
decorrer das aulas que essas crianças melhoravam muito”, declarou a educadora
Luciana Freire.
O método que passou a se chamar reabilitação em
multimídia se baseia justamente na idéia de que é preciso estimular o lado que
cada um de nós usa menos.
Traços e cores podem ser um poderoso remédio para o
cérebro, sem efeito colateral e com muito estímulo criativo. Nós temos
aproximadamente 86 bilhões de neurônios, e grande parte desses neurônios não
são ativados durante uma vida. A partir do momento que nós começamos a fazer
exercícios que fogem da nossa rotina, nós começamos a ativar essas sinapses.
A educadora Luciana construiu uma parceria com a
Faculdade Estadual de Medicina de São José do Rio Preto e aos poucos, foi
aperfeiçoando o seu método, criando novos exercícios.
“Criando esses exercícios, com a mão direita e com a
mão esquerda, para que o cérebro pudesse ser estimulado integralmente. Todas as
áreas, todos os hemisférios, direito e esquerdo”, conta Luciana.
“A partir do
momento em que ela começou a fazer essa reabilitação com multimídia,
provavelmente, ela teve uma integração maior, ela teve uma concentração e com
isso ela conseguiu promover um bloqueio destas descargas elétricas e obteve uma
melhora muito significativa das crises epiléticas. Isso prova a eficácia desse
método”, analisa o doutor Eduardo, neurocirurgião da Famerp.
“Ela teve uma melhora grande assim, de verbalizar, de
concluir um pensamento, uma palavra, uma frase, ela não conseguia se inteirar.
Hoje não, hoje ela já consegue falar, ela já consegue anotar recados, ela
consegue transmitir aquilo que ela pensa, quer falar, fazer, até mesmo a
autoestima dela melhorou bastante”, conta Jaqueline, mãe de uma aluna.
Nos últimos cinco anos, Luciana acompanhou 400
pacientes, a maioria crianças. Ao todo, 94% melhoraram em vários aspectos, como
autonomia, disciplina, concentração e coordenação motora.
Esse trabalho já foi até premiado no exterior e hoje
faz parte do currículo de dez escolas municipais de Olímpia, são mais de 1,3
mil alunos. Uma grande prova que podemos fazer um trabalho diferenciado e melhorar
a expectativa do nosso país.
Linda iniciativa!
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